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Antonio Brasil Jr. (IFCS-UFRJ): discutirá os desafios teórico-metodológicos implicados na construção de cartografias temáticas e na análise de tendências cognitivas no âmbito das ciências sociais a partir de dados bibliométricos (bases Web of Science e SciELO). Analisando em perspectiva comparada os casos do Brasil, da Argentina, do Chile e do México, a pesquisa em curso poderá revelar quais especializações ganharam maior vigor no contexto brasileiro nos últimos vinte anos, em relação aos demais contextos, bem como variações no recurso a autores clássicos e contemporâneos em cada país.

Juan Pedro Blois (CONICET – UNGS, Argentina):  abordará a sociologia na Argentina a partir de alguns eixos de análise, como a temporalidade de longo prazo, o olhar comparativo, as práticas dos/as sociólogos/as e a influência do corpo discente. Além disso, tratará dos desafios que se colocam diante da difusão do conhecimento sobre um país do “Sul” nos circuitos centrais que extrapola a dimensão linguística.

Lucas Carvalho (UFF): mediador do debate.

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Sociologia Mexicana L1

A apresentação terá como referência dois artigos recentes sobre o desenvolvimento da sociologia mexicana.

O primeiro artigo: “Jefes de escuela en la sociologia latino-americana”, analisa comparativamente as trajetórias dos sociólogos Gino Germani, Florestan Fernandes e Pablo González Casanova. Esses nomes lideraram no Bra­sil, Argentina e México, processos de modernização disciplinar na sociologia entre as décadas de 1950 e 1960, a partir dos seguintes parâmetros: as relações entre intelectuais e Estado, as modalidades de organização dos sistemas acadêmicos, o recrutamento social dos praticantes e as modalidades de produção intelectual.

O segundo artigo: “Patrones de carrera de los sociólogos mexicanos (1951-1970)”, defende a hipótese de que a transformação das práticas e estilos de trabalho dos sociólogos mexicanos entre as décadas de 1950 e 1960 foi condicionada por uma alteração do recrutamento social e dos padrões de carreira vigentes na Escola Nacional de Ciências Políticas e Sociais da UNAM. 

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LINHA 1 20210730 Keinert e Carvalho final final FINAL

 

Seria possível olharmos para a tradição do pensamento social brasileiro e nele descortinar momentos que nos ajudem a refletir sobre a sociedade brasileira atual e o papel das ciências sociais nela? Propomos revisitar um período chave da história das ciências sociais brasileiras, precisamente entre 1968 e 1985, para discutir alguns dos projetos institucionais e intelectuais desenvolvidos em um contexto autoritário. Trata-se de observar o modo como as mudanças estruturais da sociedade brasileira impactaram não somente os arranjos da vida intelectual, alterando os critérios de recrutamento de classe de seus praticantes e os termos de sua inscrição no mundo da política, mas também de que modo o esforço de se interpretar a realidade que viviam e se defrontavam levou essa geração a formulações analíticas que tornaram vários de seus trabalhos verdadeiros clássicos. Ao se dedicarem, portanto, a temas diversos, porém fundamentais, como a relação entre ciências sociais e atividade política, Estado e sociedade e as raízes autocráticas de nossa formação social, os cientistas sociais dessa geração constituíram um repertório cognitivo fundamental cuja validade analítica se revela nas tensões e impasses do presente.

Data: 30 de julho de 2021

Horário: 19 horas

Inscrição: http://tinyurl.com/cspos1964

Link para acompanhar a transmissão: https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/scici-science-in-circulation-ieac

Haverá emissão de certificado para os inscritos.

LINHA 1 20210615 FINAL

For two decades, Outer Space has come back on the news. Recent accomplishments and industrial developments have been discussed at length and the coming of a “New Space Age” has been repeatedly announced. Actors of the field, space enthusiasts but also geopolitical and military experts have characterized this ‘new age’ by, among other features, new approaches, an entrepreneurial enthusiasm, the use of low-cost and easy-to-manufacture technologies, starting with nanosatellites, small launchers and digital infrastructures, financial support of the venture capital industry and the billionaires of technology and/or platform capitalism.

Contrasting with the emphasis put on industrial firms which results from these current commentaries, most academic studies dealing with space activities in sociology, history as well as economics remain dominated by national and geopolitical approaches. Whereas such approaches are necessary, they also tend to leave aside the role and inclusion of industrial firms in the long-term history of outer space. The understanding of ongoing evolutions thus lacks solid and distanced studies able to reveal long-term continuities, ruptures as well as modes of structuring and conflicting dynamics of what can be called “ecosystems”. Based on our ongoing research, Radtka will draw a historiographical survey of the inclusion of industrial firms in the history of outer space and Saint-Martin will present an investigation of the US New Space start-ups conducted from 2017 to 2020. Both researchers call for a renewed approach that will focus more attentively on the different actors in the space sector as well as their different and sometimes conflicting values, approaches and interests which should not, however, hide their interdependence.

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Durante duas décadas, o Espaço Sideral voltou a aparecer nas notícias. Realizações recentes e desenvolvimentos industriais foram amplamente discutidos e a vinda de uma "Nova Era Espacial" foi repetidamente anunciada. Atores da área, entusiastas do espaço, mas também especialistas geopolíticos e militares têm caracterizado esta "nova era" por, entre outras características, novas abordagens, um entusiasmo empresarial, o uso de tecnologias de baixo custo e fáceis de fabricar, começando pelos nanos satélites, pequenos lançadores e infraestruturas digitais, apoio financeiro da indústria de capital de risco e os bilionários da tecnologia e/ou capitalismo de plataforma.

Contrastando com a ênfase colocada nas empresas industriais que resulta destes comentários atuais, a maioria dos estudos acadêmicos que tratam das atividades espaciais em sociologia, história e economia permanecem dominados por abordagens nacionais e geopolíticas. Embora tais abordagens sejam necessárias, elas também tendem a deixar de lado o papel e a inclusão das empresas industriais na história de longo prazo do espaço sideral. A compreensão das evoluções em curso carece, portanto, de estudos sólidos e distanciados capazes de revelar continuidades de longo prazo, rupturas, bem como modos de estruturação e dinâmicas conflitantes do que pode ser chamado de "ecossistemas". Com base em suas pesquisas em andamento, Catherine Radtka fará um levantamento historiográfico da inclusão de empresas industriais na história do espaço exterior e Arnaud Saint-Martin apresentará uma investigação das start-ups do "Novo Espaço" dos EUA, realizada de 2017 a 2020. Ambos os pesquisadores pedem uma abordagem renovada que focalizará mais atentamente os diferentes atores do setor espacial, bem como seus valores, abordagens e interesses diferentes e às vezes conflitantes que, no entanto, não devem esconder sua interdependência.

 O debate ficará por conta do Prof. Dr. Demétrio Gaspari Cirne de Toledo, da UFABC. 

 

Data: 15/06/2021

Horário: 14 horas

Link para inscrição: https://sistemas.unifesp.br/acad/proec-siex/index.php?page=INS&acao=2&code=20244

Link para assistir ao seminário: https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/scici-science-in-circulation-ieac

*Haverá emissão de certificado para os inscritos. O seminário será em inglês, sem tradução simultânea. 

 

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