Coordenadora: Profa. Dra. Carolin Overhoff Ferreira, UNIFESP
Vice-coordenador: Prof. Dr. Alberto Sanha, Universidade Benhoblô
Missão
Missão:
Como resultado de sua história colonial e da guerra de libertação, a Guiné-Bissau tem uma cultura universitária muito modesta que não merece ainda este nome. Portugal não deu nenhuma oportunidade para o Ensino Superior e, dadas as prioridades políticas após a independência, ele só foi estabelecido nos anos 1990. Há uma tradição de estudar no exterior: nos anos 1970 nos países do Bloco do Leste, Cuba e EUA; e a partir dos anos 1980, em Portugal, Brasil, Senegal e outros países da região.
Atualmente, a única universidade pública (Universidade Amílcar Cabral à qual são vinculadas de forma federativa a Faculdade de Direito de Bissau, a Escola Nacional de Administração (ENA-Bissau), e a Escola Normal Superior Tchico Té (ENSTT)/Instituto Camões) precisa ser aperfeiçoado, enquanto as universidades privadas são sobretudo faculdades. Todas as universidades, também a pública, são pagas. A qualidade das particulares precisa ser desenvolvida (Universidade Lusófona; Universidade Colinas de Boe; Universidade Católica da Guiné-Bissau; Universidade Jean Piaget; Faculdade de Medicina “Raul Diaz Arguelles” em Bissau, Gabú e Bula). Além disso, existe um Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa/INEP). A Escola Nacional de Educação da Guiné-Bissau, que possui polos regionais, forma apenas quadros médios.
Como não existem cursos de graduação suficientes e nenhum programa de pós-graduação, muitos estudantes bissau-guineenses ainda têm que ir ao exterior para uma educação expansiva, dependendo das bolsas de estudo. O mosaico de experiências acadêmicas internacionais tem sido um obstáculo para a unidade nas ciências bissau-guineenses. Inquestionavelmente, as universidades não são apenas lugares de conhecimento, mas também indispensáveis para o estabelecimento da democracia e do bem-estar de um país. Assim, o principal objetivo deste projeto consiste no apoio no desenvolvimento de programas de pós-graduação, cujos currículos serão pensados especificamente para o desenvolvimento do estado multiétnico da Guiné-Bissau e sua diversidade cultural e sócio-política.
Após a guerra civil (1998-99) e a seguinte instabilidade política, parece ser a hora de oferecer ao país uma universidade que possa realmente formar os técnicos, médicos, enfermeiros e intelectuais necessários que o país tão desesperadamente necessita.
Áreas do conhecimento envolvidas
Ciências Sociais e Humanidades, Direito, Ciências Medicinais, Ciência e Tecnologia
Objetivos Específicos
- Realizar eventos que discutem a criação de programas de pós-graduação na Guiné-Bissau
o Quais programas podem servir a realidade do pais?
o Quais devem ser implementados
- Realizar uma pós-graduação lato sensu como projeto piloto para futuros programas de pós-graduação stricto sensu
- Discutir as seguintes questões em mesas redondas e workshops:
o Como criar programas que abrangem a epistemologia ocidental e epistemologias africanas?
o Como criar programas que podem preparar alunos para a realidade de seu país e para o mundo?
- Participar na implementação de um Instituto multidisciplinar de pesquisa
o Quais áreas de conhecimento são importantes para o Instituto?
o Que tipo de projetos podem avançar o conhecimento do pais?
- Realizar angariação de fundos para os programas e o instituto de pesquisa
- Criar uma interface digital (site etc.) para comunicação com a comunidade de estudantes, docentes e exterior